A verdadeira história de Emily Rose e como tudo aconteceu

Emily Rose é a garota do filme “O exorcismo de Emily Rose”, um dos filmes de terror mais aclamados pela critica dos últimos tempo. Porém o filme foi baseado em uma história real, na qual a verdadeira Emily Rose se chama Anneliese Michel.

Uma jovem estudante nascida em 1952 na pequena cidade de Leiblfing, na Alemanha. Ela tinha 16 anos quando os fatos começaram a acontecer com ela.
Mas o que muitos não sabem é que a vida da garota foi muito conturbada e que seus pais foram acusados de homicídio após sua morte, em julho de 1976.
Para sabermos melhor como tudo aconteceu, vamos ir mais fundo nesta triste e assustadora história.

Problemas psicológicos

Anneliese tinha apenas 16 quando começou a ter convulsões. Ela foi diagnosticada com esquizofrenia e epilepsia. Neurologistas e médicos constaram isso logo no começo, controlando os ataques da garota com medicamentos.

Após ela passou a frequentar a faculdade, como uma pessoa normal. Porém, em dado momento do curso, os ataques voltaram como nunca.

Quando teve que abandonar a faculdade, a garota se viu entrando numa profunda depressão. Em casa, ela dizia sentir a presença do demônio no local e que ele não gostava das suas orações.

Busca por ajuda

A família de “Emily Rose” era muito religiosa e devota a igreja católica. Eles seguiam à risca tudo que a igreja impunha.

Porém em uma das idas a igreja, a menina evitou ficar perto dos símbolos e nitidamente não estava confortável no local. Isto chamou a atenção da família.

Foi neste momento que os pais, Josef e Anna, decidiram parar com os medicamentos e tentar buscar ajuda nas igrejas.

Foi no verão de 1973 que os pais visitaram inúmeras igrejas, falaram com pastores e padres para que eles os ajudassem, mas todos se nagavam. Os argumentos dos religiosos era o mesmo “siga com o tratamento médico”.

Eles diziam que este não era um caso de exorcismo, mas sim para a medicina.

A família continuou sua busca por ajuda religiosa, até que um bispo deu ouvidos ao caso. Porém ele disse que a menina ainda não estava com todos os “sintomas“: aversão por objetos religiosos, falar em idiomas que a pessoa não conhecesse e poderes sobrenaturais.

Estes eram os “requisitos” para que o exorcismo fosse aceito pela igreja católica.

Surtos

Anneliese passou a insultar seus pais, bater e morder todos que tentavam se aproximar. Não comia porque dizia que os demônios a proibiam.

Passou a comer insetos como aranhas, baratas, moscas e urinava na própria cama. Em um dos casos contados, relatam que Anneliese bebia a própria urina.

Um dos casos mais tristes desta história é que a jovem garota se ajoelhava 600 vezes por dia, e acabou rompendo seus ligamentos. Assim, ela passou a rastejar pela casa.

Quando as coisas começaram a ficar mais sérias; ela começou a se cortar, andar nua pela casa e fazer necessidades onde bem entendesse, aí a igreja liberou o exorcismo.

Exorcismo

Finalmente em 1975, após muitos pedidos da família, o Bispo de Wurzburg aceitou e incumbiu a tarefa ao padre Arnold Renz e o pastor Ernst Alt. Eles eram especialistas em exorcismos, de acordo com o “Rituale Romanum” de 1614.

Arnold e Ernst realizavam duas sessões por semana, com quatro horas cada. Durante nove meses esta foi a rotina da garota, com um total de 67 rituais.

Anneliese ficava amarrada na cama, em um cômodo da casa, sem ingerir qualquer alimento ou bebida. Nestes atos, os religiosos determinaram que a garota deveria ser liberta de vários demônios incluindo Lúcifer, Judas Iscariotes, Nero, Caim e até Hitler.

As sessões eram tão turbulentas que a garota por vezes possuía uma força anormal, tendo de ser segurada por 3 homens.

Anneliese se recuperou em um certo momento, chegando a fazer provas da faculdade e voltando à igreja. Contudo ela tinha recaídas e voltava pior do que antes.

Morte

O último dia de ritual aconteceu no em 30 de junho de 1976. Ela estava doente, sofrendo de pneumonia. Estava fraca e dizia que não iria mais comer, pois isto enfraqueceria o demônio.

Com a a febre ardendo e muito magra, ela não resistiu e faleceu no dia 1 de julho de 1976 em Klingenberg am Main, aos 23 anos, com menos de 30 quilos.

A última coisa que ela disse foi à mãe: “Mamãe estou com medo”.

A mãe nem um pouco sensibilizada fotografou a menina morta no dia seguinte.

A autópsia revelou que a garota faleceu por desnutrição e desidratação. O que foi motivo para investigação pelo Ministério Público.

Negligência

Os pais, Anna e Josef, e os religiosos, Arnold Renz e Ernst Alt foram acusados de homicídio por negligência.

Depois do ocorrido, os bispos alemães entraram em contato com o Vaticano, para que fosse revista a lei do exorcismo. Assim foi feito; o Vaticano atualizou e desde então para se fazer o exorcismo, também é necessário a qualificação médica.

Ficou impressionado com a verdadeira história de Emily Rose?