Uma floresta em Minas Gerais foi criado pelo fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado. O casal empenhou-se numa árdua missão de reflorestar o local quando voltaram de viagem e encontraram o local devastado e triste.
A iniciativa ganhou um nome “Instituto Terra”, dando inicio aos trabalhos em 1999. Pouco menos de 20 anos depois uma linda e exuberante floresta surgiu no local. Mas não foi nada fácil, pois segundo o próprio Sebastião, mais de 2 milhões de árvores foram plantadas. Portanto notamos como o trabalho duro pode render frutos, principalmente a longo prazo.
Mas chega de papo e vamos ao que interessa. Fique por dentro dessa história sensacional envolvendo muito amor e dedicação pela natureza.
Uma nova floresta
Antes uma terra sem vida e seca, agora uma área fértil com mais de 290 espécies de árvores. Foi isso que o fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa Lélia fizeram em uma terra no Estado de Minas Gerais.
O conceituado fotógrafo, quando voltou de Ruanda, após uma viagem fotográfica registrando o genocídio que acontecia na região, decidiu criar um novo projeto. Projeto este batizado de “Instituto Terra”, criado em 1994. A ideia inicial do casal era plantar 4 milhões de árvores e aproximadamente 17 mil acres de terra. Terras essas que pertenciam à ele.
Quando o fotógrafo retornou de Ruana, ele deparou-se com a terra toda seca e estéril. O que antes era uma floresta, então era apenas terra vermelha. Isso o deixou profundamente triste.
“A terra estava tão doente quanto eu”, disse Salgado ao The Guardian. O jornalista voltava da sua viagem totalmente abalado com os crimes de Ruanda.
Segundo Salgado, a terra estava apenas 0,5 coberta por árvores. Isso o inspirou a tomar a decisão de reflorestar o lugar. A região que fica no Vale do Rio Doce começou a ser plantada, para futuramente tornar-se uma floresta.
“Apenas cerca de 0,5% da terra estava coberta de árvores. Então minha esposa teve a ideia fabulosa de replantar esta floresta. E quando começamos a fazer isso, todos os insetos, pássaros e peixes retornaram e, graças a esse aumento das árvores, eu também renasci — este foi o momento mais importante”.
Instituto Terra
O processo começou em 1999, sendo que o local sofreu com a estiagem durante alguns anos. O casal começou a plantar as leguminosas primeiro, estas que seriam responsáveis por recuperar o nitrogênio do solo.
O casal conta que de inicio a floresta não queria florescer de forma alguma. Eles passaram por vários testes. Disseram que as primeiras mudas plantadas morreram pois os buracos feitos eram estreitos demais. No ano seguinte a perca foi de apenas 20%.
Mas eles confessam que precisaram de ajuda para conseguir cobrir essa enorme área com a floresta. Voluntários e especialistas no assunto foram essenciais para que a floresta vingasse. Hoje apenas 10% de toda a área é perdida nos períodos mais quentes.
A floresta de Sebastião e Lélia tornou-se uma reserva natural sem fins lucrativos. A área protegida abriga 293 espécies de árvores, 170 espécies de pássaros, 35 tipos de mamíferos e mais de 15 espécies de anfíbios e répteis.
O casal reflorestador conta com muito orgulho que muitos desses animais estão ameaçados ou já extintos. Ainda, no local, hoje eles treinam novos jovens para que possam serem futuros ecologistas.
Mas se você pensa que Sebastião Salgado e Lélia pararam de trabalhar, está muito enganado, pois até hoje eles continuam plantando árvores. Essa sim é uma iniciativa válida!