Falar de religião é sempre um tema complicado. Afinal, já diz o ditado “religião, política e futebol não se discute”. Entretanto, depois desse artigo, é bem provável que concordemos em algo, algumas religiões ultrapassam o limite.
Apresentaremos a você os pontos mais curiosos a respeito daquela que é considerada a religião mais extrema do mundo.
Certamente você já ouviu falar a seu respeito, mas provavelmente conhece pouco sobre sobre sua história, objetivos e crenças.
Qual é a religião mais extrema do mundo?
Atualmente conhecido como Estado Islâmico, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante é considerado a religião mais extrema do mundo.
O Estado Islâmico é um califado que controla regiões da Síria e do Iraque, onde impõe fortemente sua ideologia terrorista e radical. A região é controlada por autoridades religiosas e é responsável por ataques em diversas regiões do mundo, incluindo Estados Unidos e Europa.
Tudo começou em 2003 durante a Guerra do Iraque. Graças a instabilidade gerada pelo conflito, foi criado o ambiente propício para que esses grupos começassem a se desenvolver, ganhando cada vez mais força nos anos que se seguiram.
O grupo mais conhecido é o Al-Qaeda, liderado por Abu Musab Al-Zarqawi, um dos fundadores da religião, que acabou sendo morto em 2006.
Foi neste mesmo ano, com a quebra entre o Estado Islâmico e a Al-Qaeda que eles começaram a se expandir em direção a Síria. Mais uma vez, um estado de guerra foi o responsável pelo instalação e crescimento da nova religião.
Desde então o grupo atua fortemente em ambos os países, disseminando suas crenças discriminatórias e violentas.
Todos os indivíduos que estão sob jurisdição do Estado Islâmico devem se converter ao islamismo. Aqueles que rejeitam tal crença são expostos a castigos terríveis, dentre tortura, mutilações e alguns são condenados a morte.
Dentre seus maiores inimigos estão os muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios, yazidis, drusos entre outros.
São dezenas de milhares de combatentes lutando pela imposição da religião no Iraque e na Síria. Os alvos incluem militares, governantes e até civis.
Eill: Objetivos e Crenças
O objetivo que sustenta o desenvolvimento do grupo é o desejo pela fundação de um Estado Islâmico. A ideia é implantar um califado, o qual seria liderado por um descendente de Maomé.
Em 2014, esse califado foi estabelecido sob comando de al-Baghdadi, que exigiu lealdade e obediência de todos os muçulmanos do mundo, rejeitando todas as divisões políticas já estabelecidas no Oriente Médio.
A ideologia da religião adere aos princípios da jihad global, princípios que remontam ao final dos anos 20 no Egito. Com interpretação extremista, promovem a violência religiosa, rejeitando qualquer um que não adote as mesmas crenças.
O novo Estado deve ser desenvolvido com base na ideologia Islâmica original. Negando o ramo moderno e rejeitando as inovações, pois essas são consideradas errôneas e corruptas.
Islamismo na atualidade
Em meio a Guerra Civil da Síria, conflito que vem ocorrendo desde do ano de 2011, o Estado Islâmico encontrou novos espaços para estabelecer células de sua religião em todo o país.
No ano seguinte estabeleceu-se a Frente al-Nusra. Acabou conseguindo unir forças com apoio popular na luta contra o governo de Assad.
Apesar do crescimento inicial, o Islamismo sofreu muitos ataques durante o ano de 2016 e 2017 e acabou perdendo muito do seu espaço na Síria e no Iraque.
Mesmo com as sucessivas derrotas militares, o Estado Islâmico intensificou seus esforços expansivos. Realizou imigração em massa para diversas regiões do mundo. A ideia era que, ao espalhar seus membros, pudessem introduzir suas ideias também no ocidente.
Enquanto visavam a expansão, iam perdendo espaço na região já estabelecida. Raqqa, a capital do autoproclamado califado, foi tomada pelos sírios ao juntarem forças com os norte americanos.
Cerca de 60% do território dominado foi retomado, mas nem isso foi suficiente para reduzir a força da religião. O mundo teme o Estado Islâmico, que agora tem seguidores espalhados por todo o planeta.
É provável que o sonho do califado islâmico tenha caído em ruínas. Mas a força extrema e a crença violenta e desumana ainda está arraigada em muitas pessoas, é difícil prever do que eles são capazes.
Os ataques chegam inesperadamente, devastando multidões e deixando marcas de sangue e morte. A religião mais extremista do mundo não tem limites para se impor.