Conheça Mary Bell, a criança que se tornou serial killer aos 11 anos

Por trás desse rostinho angelical há uma “Semente do mal”, assim era chamada na época dos crimes. Aos 11 anos foi condenada pelo homicídio doloso de dois meninos, ela não aparentava ser tão má. Com a infância conturbada, presa e diagnosticada como sociopata, a menina serial killer tem uma história macabra a ser contada. Saiba como foi a vida e como Mery Bell cometeu seus crimes.

Mary Flora Bell, nascida em Newcastle, Inglaterra, em 26 de maio de 1967, sofreu durante sua infância e convivência com a mãe, em um lar conturbado e repletos de problemas. Sua mãe, Beth Bell, era prostituta e deu a luz à aos 17 anos.

Através de Beth, Mery vivenciou por problemas que nenhuma pessoa tampouco um criança deveria passar. Por urinar na cama, a mãe a humilhava, esfregando seu rosto no colchão encharcado, após, Beth colocava o lençol ao lado de fora da casa para que todos pudessem ver.

A mãe tentando se livrar da filha a qualquer custo, fez Mary engolir remédios. Numa outra tentativa, Beth tentou colocar a filha para adoção, porém não teve sucesso.
Além de toda essa monstruosidade, Beth ainda oferecia a filha para seus clientes, sendo abusada sexualmente com o consentimento da mãe.

Como se tornou uma assassina

Mary cresceu com diversos traumas e sem o amor da família. Sendo assim, o ambiente hostil em que vivia serviu para moldar sua personalidade, fazendo com que a Mary desenvolvesse um distúrbio de personalidade, tendo como resultado sintomas claros de sociopatia.
A criança que adorava judiar de animais indefesos não estava satisfeita, queria outras vitimas.
Foi quando, junto da sua amiga, Norma Joyce Bell, de 13 anos (apesar do mesmo sobrenome elas não são parentes), cometeram o primeiro crime.

Primeira vítima fatal da serial killer

Mary já tentara matar estrangulada outras seis crianças.
Mas, a primeira vítima fatal foi quando estrangulou Martin George Brown, de 4 anos, em uma casa abandonada na área de Scotswood, em Newcastle, em 25 de maio de 1968.
Martin foi encontrado por outros meninos que procuravam por pedaços de madeira. A menina serial killer estrangulou a vitima e a jogou pela janela do segundo andar de uma casa.

Martin Brown, a primeira vítima fatal.

Nos dias seguinte, Norma e Mary passaram a ir na casa da tia do menino morto, formulando perguntas desumanas como: “Martin está em casa?”, “Você sente falta dele?”. A tia respondeu que Martin não estava em casa pois havia falecido, tendo Mary respondido: “Eu sei, só queria vê-lo no caixão”.

Local onde foi encontrado o corpo de Martin.

O caso de Martin ficou em aberto, pois não se sabia ao certo quem havia cometido a atrocidade com uma criança. Mal sabiam as autoridades que o assassino também era uma.

Bilhete escrito por Mary Bell.

Mary, não satisfeita e querendo levar o crédito no crime, passou a deixar bilhetes e pichações na escola. Tais como:
I murder so THAT I may come back” – (Eu mato para que possa voltar)

“ We did murder Martin brown Fuck of you Bastard” – (Nós matamos Martin Brown , foda-se seu bastardo)

“ You are micey Becurse we murdered Martain Go Brown you Bete Look out THERE are Murders about By FANNYAND and auld Faggot you Srcews” – (Vocês estão ferrados, nós matamos Martin Brown, você, Bete, procure por aí, há assassinos por FANNYE Faggot, seus idiotas).

A policia colheu informações para descobrir, porém logo após, Mary e Norma confessaram que haviam vandalizado a escola. A escola então instalou um sistema de câmeras.

A segunda vítima

Passado dois meses do primeiro crime, o dia 31 de julho, a serial killer atacou novamente, desta vez a vítima foi Brian Howe, de 3 anos.
Mary estrangulou Brian até a morte, depois perfurou e esculpiu um “M” no abdômen e fez cortes nas coxas do garoto.

Brian Howe, segunda vítima.

O corpo da criança foi encontrado pois Mary se ofereceu nas buscas, levando a irmã de Brian até o local exato onde se localizava o cadáver, um terreno baldio, próximo a uma linha férrea de Newclaste. Segundo relatos, Mary levou a irmã de Brian até o corpo porque queria ver a sua reação.

Local próximo a ferroviária, onde corpo de Brian Howe foi encontrado.

A irmã de Brian relatou a uma revista, que sua mãe nunca contou sobre o ocorrido com seu irmão e que ela só foi descobrir a verdade quando em 1998 Mary foi solta e houveram protestos contra.

Investigação e prisão

Em 1968 a policia passou a interrogar pessoas, e em especial crianças. Mais de 1000 crianças foram ouvidas. Mas uma criança em especial chamou a atenção das autoridades, Norma Bell.
Esta que relatou estar presente no momento do assassinato de Martin George Brown, mais tarde delatou a companheira de crime, Mary. As duas foram a julgamento no dia 5 de agosto do corrente ano.

O julgamento durou dias, até que promotor e juiz entraram num acordo, condenando Mary e inocentando Norma.
Após, Mary foi levada a uma clinica que tratava de pessoas com problemas psicológicos e la ficou até seus 23 anos, quando foi solta em 14 de maio de 1980.

As autoridades concederam sigilo total e um novo nome a serial killer, amparada sob uma lei criada “Ordem Mary Bell”, que protege crianças infratoras, para que recomeçassem sua vida.
Mary, a criança assassina, teve um filho e, ao contrário do que muitos pensam, ela era uma mãe muito amorosa.

Mary Bell adulta.

Após a soltura, uma jornalista se interessou pela história e em com o consentimento de Mary, publicou um livro chamado “Gritos no vazio”. Acredita-se que o livro rendeu um bom dinheiro a Mary.

Hoje a criança que se tornou uma serial killer aos 10 anos, tem 61 anos é casa e avó. Não se sabe o paradeiro dela.

 

Confira o vídeo sobre a criança serial killer

 

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