Viajar de avião não é para todos, muitas pessoas têm pavor de voar. Os amedrontados dizem que temem por diversas maneiras, e uma delas é “e se um raio atingir o avião?“. Pois é, isso é algo bem delicado, mas já adianto, as aeronaves atuais são feitas para suportarem grandes descargas elétricas.
Existem vários motivos para isso, uma delas é uma tecnologia descoberta em meados de 1830, por um físico. Sua descoberta e invenção posterior, ajudaram e muito a lidar com tempestades elétricas. Além disso, os controladores de voo e pilotos sabem quando podem ou não autorizar um avião a decolar.
Máquina e natureza
Já para começar o artigo, vou tranquilizar vocês. Segundo estatísticas do ELAT, Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) todos os anos aviões comerciais são atingidos por raios.
Geralmente acontece na decolagem e no pouso da aeronave. Então imagine só, se todas essas descargas causasse, acidentes, com certeza você já teria ouvido ou visto algo em algum noticiário.
Como foi dito acima, os aviões, quando estão pousando ou decolando, ficam mais propensos a receberem essas descargas elétricas. Por isso é bastante comum vermos voos sendo cancelados durante tempestades. E, por mais que não ocorra nenhum dano irreversível aos aviões, as empresas e os aeroportos preferem não correr o risco ou danificar as aeronaves.
Como acontece?
Quando um avião entra numa nuvem de chuva, ele começa a atrair raios, contudo os resultado geralmente não passam de danos na fuselagem. O que ocorre na maioria das vezes é de o avião intensificar o campo elétrico e dar inicio às descargas. O raio sai da nuvem e vai para o avião.
Hoje, quado um raio atinge um avião, este pouco sofrerá, pois eles são feitos para isso. Mudanças no sistema de combustível ajudaram bastante a lidar com esse problemas. As aeronaves de hoje possuem sistemas blindados que protegem o tanque, este para evitar a radiação dos relâmpagos.
Em 1963, nos Estados Unidos, um Boeing 707 foi atingido por um raio. Na ocasião o tanque de combustível explodiu. O resultado foi a queda da aeronave e a morte de 81 pessoas. Desde então muitas pesquisas foram feitas para mudar esse cenário.
Gaiola de Faraday
Um experimento feito pelo físico-químico Michael Faraday, em 1836, ajudou nós a entendemos como os raios atingem os aviões e nada acontece com quem está no interior.
Faraday fez uma espécie de gaiola metálica, ele então a usou para receber toda a energia elétrica. Ficou atrás da gaiola enquanto a mesma recebia uma descarga elétrica bem alta. Nada aconteceu com o homem, pois a sua invenção fazia com que a eletricidade se dissipasse de forma homogênea por toda a estrutura. Ele basicamente criou uma barreira elétrica.
Os aviões são como essa gaiola, uma grande “gaiola voadora”. Quando os raios atingem a aeronave, a energia não passa da fuselagem do mesmo. Ao passo que logo que o raio o atinge, se espalha por todo o avião e segue seu caminho ao solo.
Nos casos desses aviões mais modernos é isso que irá ocorrer, já que eles são feitos com materiais com menor poder de condução de energia. São fibras de materiais que são capazes de conduzir a eletricidade para fora do avião. Depois que um raio atingir uma aeronave, a energia elétrica irá sair por uma das suas extremidades: nariz, cauda ou pontas da asa.
Testes
Antes de decolarem, os aviões passam por diversos testes para receber a autorização das autoridades. Um dos testes é realizado justamente para ver se a aeronave suporta e como reage ao ser atingida por um raio.
Um novo jato da Embraer, o E190-E2, ainda está em fase de testes mas já passou pela prova dos raios. Eles colocaram o jato num hangar e, em volta dele, vários anéis elétricos foram postos. Com muitas descargar elétricas intensas para testar seus limites.
Depois dessas informações você já pode voar tranquilo sem medo de que um raio possa causar danos ao seu avião ✈ Boa Viagem!