Sua mãe sempre te avisava “moleque, não engole as sementes da melancia, viu. Se não vai crescer um pé de melancia no seu estômago aí e depois não vem reclamar”. Por mais que saibamos que isso não passava de história, até hoje não superamos, ficamos horas tirando a semente da bendita.

Enfim, diversas frutas oferecem na semente inúmeros nutrientes tanto quanto a própria polpa.
Nosso sistema digestivo não deixaria que uma semente brotasse e virasse um pé de qualquer coisa no nosso estômago, pois nosso ácido é muito eficiente. Mas e se tudo parasse de funcionar, e se morrêssemos com uma semente no corpo? Seria diferente? É o que vamos descobrir!

Aconteceu (ou não)

No Chipre, em meados de 1970, um homem foi morto e jogado numa caverna. Anos após sua morte, mais precisamente em setembro desse ano, pesquisadores o encontraram, porém o que chamou a atenção foi que o homem tinha uma figueira saindo seu estômago. Chamou a atenção pois a árvore cresceu no interior da caverna.

Mas pouco tempo depois, após algumas investigações, foi descoberta que tudo não passava de uma mentira. Provavelmente a família do falecido pegou o corpo próximo a árvore, gerando todo esse alvoroço.

Mas calma, pode acontecer

Isso de uma semente brotar dentro de um defunto pode mesmo acontecer? Pode!
Um corpo em decomposição é o local perfeito para a semente germinar e crescer, fornecendo nutrientes ideais para a planta. Imagina!

Pois bem, nosso suco gástrico não é tão imbatível assim, às vezes ele deixa passar algumas sementinhas. Se essas sementes pararem no intestino quando morrermos, há uma possibilidade, mesmo que remota, de uma plantinha crescer. Mas não precisa ser no intestino, ela pode estar alojada em qualquer parte do corpo e segundo especialistas até no bolso ela germinaria.

Ainda que para que planta crescer seja necessário ar, luz e gás carbônico, tudo isso pode acontecer em um corpo em decomposição. Como dissemos, as chances são remotas, mas pode ocorrer.

Além do mais, essa ideia de sementes em corpos não é tão nova; os nativos americanos usavam peixes como “adubo” para as plantas antigamente, ou chamados “farinha de peixe”. E também pesquisadores descobriram árvores e esqueletos juntos, na Irlanda em 2015.

De tudo isso só uma coisa é certa: continue tirando as sementes da melancia, colega. Vai por mim!