10 crimes famosos que até hoje não foram solucionados

Embora não exista um crime perfeito, alguns chegam bem perto disso. O que quase automaticamente faz com que se tornem crimes famosos. Seja por contaminação de provas, bom planejamento ou reviravoltas quase inacreditáveis, muitos crimes acabam sem solução. Em alguns casos, há diversas provas. O problema é que sem saber bem como interpretar, elas podem não levam a lugar algum.

Neste texto selecionamos 10 crimes famosos que até hoje não foram solucionados. Alguns são de séculos passados. Outros, são razoavelmente recentes. No entanto, todos eles têm algo em comum: ninguém sabe quem foi o culpado. Pior ainda: em alguns casos, apesar de ter um corpo, não se sabe sequer quem foi a vítima.

JonBenét Ramsey

Imagem da vítima em uma sessão de fotos profissional para um concurso de beleza

Nos anos 90, o caso de JonBenét Ramsey chamou a atenção o mundo inteiro e este é até hoje conhecido como um dos crimes mais famosos. A menina de apenas 6 anos já competia em diversos concursos de beleza e havia conquistado alguma fama por isso. Inicialmente, ela foi declarada desaparecida. A polícia encontrou uma carta manuscrita com duas páginas e meia, que exigia o pagamento de 118 mil dólares pela devolução da criança, supostamente sequestrada.

Apesar de fazer uma breve busca pela casa, a polícia deixou de investigar uma porta trancada no porão. Quando o pai de JonBenét resolveu também vistoriar a casa acompanhado de um policial, destrancou a porta em questão. Lá, estava o corpo da menina com as mãos amarradas e a boca amordaçada.

Embora os pais da menina tenham sido os principais suspeitos por muitos anos, hoje em dia a polícia descarta completamente a participação deles no assassinato. No início dos anos 2000, novos exames nas provas foram capazes de detectar material genético de um ou mais homens nas roupas da menina. Ambos completamente desligados da família Ramsey. Até hoje, porém, não se sabe quem são esses homens ou quem foi o assassino.

Madeleine McCain

A vítima sorri para a foto

Madeleine McCain é uma criança inglesa que desapareceu em Portugal quando estava prestes a completar 4 anos.

Madeleine teria ficado no quarto de hotel onde a família estava hospedada, acompanhada apenas dos dois irmãos, mais novos que ela. Os pais teriam ido ao restaurante do hotel enquanto as crianças dormiam.

Quando voltaram, não havia mais vestígios de Madeleine. Desde então, a polícia britânica e a polícia portuguesa tem buscado a menina e divulgado imagens da aparência que ela deveria ter hoje. Mesmo após tantos anos e alguns vestígios de que talvez um corpo tenha sido manipulado nas proximidades do hotel, os pais acreditam que há esperanças de encontrar a menina viva. Entretanto, não há pistas de quem possa ter cometido o crime ou sequer de onde ela possa estar.

Jack, o estripador

Sombra em preto e branco representando Jack, o estripador

Um dos casos mais clássicos de crimes nunca solucionados é o dos assassinatos em série que aconteceram em Londres no período vitoriano. No final de 1800, diversas prostitutas que trabalhavam principalmente nos arredores de Whitechapel foram encontradas mortas, muitas delas com cortes precisos e sem alguns dos órgãos internos.

Embora apenas 5 vítimas sejam confirmadas, supõe-se que o número pode ser muito maior. E embora alguns suspeitos tenham passado pelas mãos da polícia inglesa ao longo dos anos, nenhum culpado foi encontrado.

Existem diversos suspeitos e teorias do que poderia ter acontecido. Porém, nada foi confirmado até hoje.

Homem de Somerton

Colagem mostrando as estranhas letras no fim do livro, o papel com as palavras em persa e uma foto da vítima.

Apesar de esse caso ter mais de 70 anos, até hoje não se sabe quem cometeu o crime. Pior ainda: apesar de ter um corpo, não se sabe sequer quem é a vítima.

O corpo do homem de Somerton foi encontrado em uma manhã comum, em uma praia australiana. Ele vestia terno, tinha os sapatos muito polidos, mas não encontraram nenhum chapéu por perto. A ausência desse último item era bem incomum na Austrália dos anos 40.

Entre as provas, um papel estranho foi encontrado no bolso da calça dele. Nele, estava escrito tamám shud que, em persa, significa “terminado” ou “fim”. O papel parecia rasgado de algum livro e, depois de alguns meses de busca, a polícia encontrou o livro em questão. Era um volume raro de um livro persa publicado a Nova Zelândia. Na última página, havia algumas letras aleatórias marcadas. Acredita-se que sejam parte de algum código. No entanto, ele jamais foi solucionado.

Embora nenhuma substância tenha sido encontrada no corpo, acredita-se que o homem de Somerton tenha morrido por conta da ingestão de algum veneno indetectável, embora as motivações do crime nunca tenham sido descobertas.

Mulher de Isdal

Montagem mostrando a área por onde a mulher de Isdal viajou e um retrato a representando.

Em 1970, na Noruega, enquanto caminhavam no vale de Isdal, um homem e suas duas filhas encontraram um corpo feminino parcialmente queimado. Eles imediatamente avisaram a polícia.

Além do corpo, a polícia encontrou alguns itens como um chapéu, um guarda-chuvas, botas parcialmente queimadas e jóias. Durante a autópsia descobriram que havia cerca de uma dúzia de pílulas para dormir no estômago dela.

A Interpol foi acionada para ajudar a solucionar o caso, mas tudo o que se sabe é que ela passou por alguns hotéis disfarçada e com nomes falsos.

Entre as coisas dela, encontraram algumas roupas. Porém, todas elas tinham as etiquetas removidas. Pessoas que a encontraram pelo caminho dizem ter conversado com ela em diversas línguas e que ela falava todas fluentemente. Descobriram também que ela tinha pelo menos 9 passaportes falsos.

A teoria mais aceita é que, talvez, ela fosse uma espiã e estivesse de alguma forma envolvida com a guerra fria. Porém, até hoje não se sabe quem ela realmente é, o que fazia e porque morreu – ou se suicidou.

Menino na caixa

Caixa encontrada pela polícia

Em 1957, na Filadélfia, a polícia encontrou uma caixa de papelão. Ao abri-la, encontraram o corpo de um menino de 6 anos. Segundo a autópsia, ele estava desnutrido e tinha marcas de maus tratos. Além disso, ele aparentemente havia sofrido cirurgias na pelve e no tornozelo.

O cabelo dele parecia ter sido cortado após a morte, provavelmente tentando ocultar a identidade. Apesar de o corpo estar envolvido em dois cobertores baratos, a polícia não conseguiu conectá-los com sucesso a ninguém.

Poucos anos antes, um menino que tinha a aparência bastante parecida com o menino da caixa havia desaparecido. A faixa etária e algumas características físicas batiam, porém, o menino desaparecido sofria de um problema nos rins e o menino da caixa parecia ter rins saudáveis.

Em 2002 uma mulher confessou ter envolvimento no crime. Segundo ela, a mãe dela teria comprado o menino, de quem abusou por algum tempo antes que ele morresse ao ser empurrado com força durante uma briga. Porém, por falta de evidências e um histórico de distúrbios mentais da mulher que fez a confissão, ela nunca foi presa.

Até hoje não se sabe quem era o menino da caixa e porque ele teve um fim tão trágico.

Família Pesseghini

Retrato da família Pesseghini. O pai está fardado.

Em agosto de 2013, a polícia encontrou os corpos de 5 integrantes da família Pesseghini na casa deles, em São Paulo. Entre eles, Marcelo, um menino de 13 anos.

Embora todos tenham sido atingido por tiros, não há indícios de que algum deles tenha oferecido alguma resistência.

Entretanto, este não é o único fato que chama atenção. Marcelo teria ido para a escola quando todos os familiares já estavam mortos. Supostamente, dirigiu sozinho para a escola na madrugada do crime e assistiu a aula. Mais tarde, voltou para casa de carona com o pai de um colega e se suicidou.

O problema é que a mãe de Marcelo, que era policial, estava investigando um caso que envolvia outros membros da corporação. Uma vizinha diz ter visto duas pessoas pulando o muro antes de os corpos serem oficialmente encontrados. Um deles seria um policial fardado. Não bastasse isso tudo, recentemente houve uma análise de todas as câmeras de segurança que poderiam ajudar no caso. Ela mostrou que as imagens foram manipuladas e há trechos inteiros que foram removidos.

Amber Hagerman

Retrato de Amber Hagerman

Amber Hagerman tinha 9 anos quando foi sequestrada. A menina, que vivia em Arlington, no Texas, estava andando de bicicleta no estacionamento de uma loja abandonada. Uma única testemunha viu quando um furgão parou e empurrou a menina para dentro, que tentava chutar seu captor. Essa testemunha ligou imediatamente para a polícia.

Mais de 50 oficiais foram mobilizados para ajudar nas buscas, mas não encontraram Amber. O corpo dela foi encontrado 5 dias depois, com a garganta cortada, em um lago a cerca de 6 km de onde ela desapareceu.

Até hoje não se sabe quem foi o assassino de Amber Hagerman. Porém, foi através do caso dela que criaram o “Alerta Amber” nos Estados Unidos. Desde então, sempre que uma criança é sequestrada, os meios de comunicação emitem uma nota para tentar ajudar nas buscas.

Tylenol envenenado

Imagem de um frasco de Tylenol

Tylenol é um remédio bastante utilizado em diversas partes do mundo, mas em 1982 muita gente passou a ter medo de consumir o medicamento.

7 pessoas que usaram Tylenol na área metropolitana de Chicago entre o dia 29 e 30 de 1982 morreram envenenadas por cianeto de potássio. A motivação do crime ainda é desconhecida.

Embora este seja o caso mais conhecido, novas mortes aconteceram pelo mesmo motivo. Acredita-se, porém, que sejam apenas cópias e não tenham ligação com o caso original.

Mulheres desaparecidas sob circunstâncias estranhas

Retratos das três mulheres desaparecidas.

No início dos anos 90, três mulheres desapareceram misteriosamente de uma casa no Missouri.

Sherrill Levitt era mãe de Suzie Streeter. Além das duas, uma amiga da família chamada Stacy McCall também desapareceu. Os carros das três vítimas estavam estacionados em frente a casa. As bolsas e as chaves das três mulheres estavam dentro da casa.

Nenhum tipo de evidência foi recolhida do local do crime e não havia nada de anormal, além de uma luz quebrada na parte exterior da casa.

Em 2007, através de uma pista, uma repórter investigativa encontrou três anomalias na estrutura da garagem de um hospital próximo ao local do desaparecimento. As obras naquela área teriam começado cerca de um ano após o crime, porém, sem provas concretas, o valor gasto para se certificar se os corpos estão ou não ali, não valeria a pena.

Este são apenas 10 crimes famosos dos tantos que ainda não foram solucionados. Em alguns casos, a polícia ainda guarda evidências para que, futuramente, a tecnologia possa mais uma vez tentar colocar um ponto final na história dessas pessoas. Por outro lado, outros ficarão para sempre sem solução.