Você já ouviu falar sobre a Loira do Banheiro? Provavelmente a resposta seja sim. É muito comum dentro das escolas sermos advertidos a respeito desta tão famosa lenda.
Este folclore é um dos mais populares no país. Apesar de ser uma história conhecida em todo o ocidente como Maria Sangrenta, baseada na Rainha Maria I, uma rainha inglesa sem escrúpulos, a versão da loira do banheiro foi quem convenceu os brasileiros.
Convenceu? Pois é, muitas pessoas não só acreditam na real existência desta assombração, como a invocaram e contam tê-la conhecido.
E você? Acredita que seja apenas uma lenda? Ou será mesmo uma história verídica?
Se é verdade ou não que existe uma mulher loira assombrando pessoas nos banheiros não podemos testificar. Porém, saiba que existe uma história real por trás deste grande mito.
Agora você saberá tudo sobre a origem deste folclore.
Quem é a mulher por trás da Loira do Banheiro?
Muitos não sabem, mas existe uma pessoa, mais especificamente uma mulher loira verdadeira que inspirou as histórias da famosa assombração.
Durante o século XIX, viveu em Guaratinguetá no estado de São Paulo, Maria Augusta de Oliveira Borges. A jovem aos 14 anos foi obrigada pelo pai, Francisco de Assis de Oliveira Borges, Visconde de Guaratinguetá, a se casar através de um casamento arranjado.
A menina, obrigada pela família, acaba enlaçando matrimônio com um conselheiro de nome Dutra Rodrigues, um homem mais velho que a fez profundamente infeliz.
Maria Augusta nascida no ano de 1866, crescida em uma família rica, com uma vida abundante, uma mulher linda e admirada por todos, agora, estava condenada por uma tradição.
Como tudo começou?
Até aqui a história da verdadeira Loira do banheiro não tem nada de surpreendente não é mesmo? Mas calma, esta história vai se tornando cada vez mais interessante. Se prepare.
Por causa do alto número de desavenças com o marido, a jovem filha do Visconde resolve abandonar tudo e fugir para Europa. Maria Augusta procura por uma nova vida em Paris.
De acordo com as histórias tudo isso aconteceu quando a menina completou 18 anos.
Não pense que ela teve dificuldades de se estabelecer. Maria frequentou inúmeros bailes de gala e conseguiu tornar-se parte da alta sociedade parisiense.
Muitos dizem que tudo isso ocorreu graças a um suposto acompanhante de viagem, um homem titular do império, alto ministro das finanças do reino.
Infelizmente, aos 26 anos, já vivendo uma vida bem mais feliz do que aquela que começou nosso relato, Maria Augusta é acometida por uma enfermidade que acaba sendo fatal.
A causa da morte não é definida, possivelmente pneumonia ou hidrofobia. O atestado de óbito nunca foi encontrado.
É assim que se inicia a lenda da loira do banheiro, com sua morte e todas as estranhezas envolvendo o seu corpo.
O corpo de Maria Augusta
Após seu falecimento Maria Augusta foi transferida através de um navio de volta a São Paulo. Diz a lenda que as joias da jovem foram escondidas dentro de seu tórax, mas acabaram sendo roubadas ao longo da viagem.
O mistério que começou com o desaparecimento de seu atestado de óbito continua com um acontecimento estranho ocorrido assim que o corpo de Maria chegou em sua residência em Guaratinguetá.
Segundo a história contada, assim que o cadáver adentrou a residência um espelho se quebrou. Nenhuma explicação possível existia para tal fato, a não ser algo sobrenatural.
Enquanto o túmulo ainda estava em construção, a família resolveu expor o corpo de Maria Augusta dentro de uma urna de vidro.
Novamente uma surpresa. O corpo da menina morta já alguns dias, não sofreu nenhuma mudança. Permanecia como quando vivo, com uma aparência de estar apenas adormecido.
Apesar da conclusão do túmulo idealizado pela família, a mãe da jovem desistiu de enterrar o seu corpo.
Tudo isso durou até que o espírito da jovem apareceu clamando por descanso e convencendo a mãe a abrir mão do restos mortais da filha.
A lenda da Loira do Banheiro
Com o passar dos anos a casa onde Maria Augusta cresceu, o local onde seu corpo ficou exposto por tanto tempo, foi transformado em uma escola.
Após 10 anos que o corpo havia sido enterrado, várias pessoas começaram a ver a jovem loira perambulando pelos corredores da escola. A maioria das vezes ela estava no banheiro e ligava as torneiras para beber água.
Algumas das histórias contam que a bela jovem clamava para que o eu corpo fosse enterrado.
Estas histórias foram se espalhando entre os adolescentes e jovens e ganhando força. As professoras começaram a usar a assombração como uma forma de evitar que os alunos matassem aulas no banheiro.
Tudo se alvoroçou ainda mais quando um misterioso incêndio atingiu a escola em 1916, o que fez com que o prédio precisasse ser completamente reconstruído.
Como chamar a Loira do Banheiro
Se você ficou curioso para conhecer o espírito de Maria Augusta, aqui ficam algumas dicas.
Não, não é uma garantia que vá funcionar. Mas algumas pessoas contam ter conseguido atrair a assombração utilizando estes métodos.
O procedimento básico inclui:
- Ir até o banheiro
- Bater na porta três vezes
- Dar três descargas
- Gritar pelo seu nome três vezes
Fica a dica para você que tiver a ousadia de tentar.