Toda a nossa definição de zumbis nasceu de um acidente envolvendo um dos maiores erros de Copyright da história. Talvez você não saiba, mas os morto-vivos descritos até o ano de 1968 não eram bem esses que conhecemos hoje em dia.
Essa ideia de que os zumbis são famintos por carne humana, que possuem medo de fogo e que só podem ser mortos depois de terem seu cérebros completamente destruídos, nasceu em 1968 com o lançamento do filme “Night of the Living Dead”.
Até então, desde que foram descritos em “White Zombie” no ano de 1932, essa criaturas eram tidas como escravos mantidos sobre controle de forças sobrenaturais.
Foi após o lançamento de “Night of the Living Dead” e graças ao incidente que ocorreu, que os zumbis se tornaram e se popularizaram da maneira pela qual os conhecemos atualmente.
O lançamento de “Night of the Living Dead”
O cineasta George Andrew Romero entrou para a história em 1968. Seu nome ficou conhecido depois que ele produziu um dos maiores clássicos dos filmes de terror de todos os tempos.
A obra que inicialmente seria lançada como “Night of the Flesh Eaters”, teve seu nome alterado antes do lançamento. E foi então, na hora de fazer esse pequeno acerto, que toda a história por trás do filme foi transformada.
Na hora de realizar a correção do nome, a empresa responsável pela distribuição do filme se esqueceu de inserir as informações relacionadas aos direitos autorais. Com isso, o filme acabou sendo colocado imediatamente sobre domínio público.
Você consegue imaginar as consequências disso?
O cineasta, co-roteirista e diretor do filme George Romero e seu co-escritor John Russo, apesar da bilheteria de mais de 30 milhões de dólares, acabaram ficando sem nenhum lucro. Todo o dinheiro foi completamente direcionado para a empresa que realizou o lançamento.
Apesar dos inconvenientes o filme foi um extremo sucesso. Conquistou milhões de fãs espalhados em todo mundo e deu origem a diversas sequências.
Os Zumbies de Romero versus os Zumbies de Russo
Com o lançamento e o sucesso de “Night of the Living Dead”, os zumbis viraram o centro de diversas grandes obras de ficção. Entretanto, o início dessa trajetória foi um tanto turbulento, e isso, não apenas pelo erro a respeito dos direitos autorais.
Depois da primeira obra, os dois autores, George Romero e John Russo, decidiram dar sequência ao trabalho de sucesso pelo qual sequer tinham recebido o crédito. Foi então que surgiram suas primeiras divergências criativas.
Sem conseguirem se decidir sobre como a história de seus zumbis deveria ser sequenciada. Decidiram então cada um seguir o seu caminho. Romero deu continuidade à história iniciada em “Night of the Living Dead”, enquanto Russo produziu “Return of the Living Dead”.
Na saga de Romero, a primeira obra era tratada como um evento real e a partir disso ele desenvolveu seus novos filmes. Esses também foram sucesso de bilheteria.
Já Russo, optou por considerar a história de origem como um filme baseado em um evento real. Com a participação diretor Dan O’Bannon, ele reescreveu todo o seu roteiro. Em 1985 lançou “Return of the Living Dead”, que também gerou uma série de sequências.
O impacto nas sequências não oficiais
Não foram apenas os filmes de Romero e Russo que nasceram a partir de “Night of the Living Dead” e do fatídico evento que envolveu sua estréia. Várias outras sagas zumbis foram sendo iniciadas com base nos personagens do filme. Em especial na conformação dada por Romero.
Na verdade, todas as obras zumbis que nasceram após 1968 poderiam ser consideradas derivadas e isso seria totalmente legal. Isso porque a obra base desenvolvida por Romero e Russo estava sob o domínio público.
Se você pensa que estamos falando apenas do ideal de zumbi lançado por “Night of the Living Dead”, está enganado. As referências vão muito além disso. Algumas obras tomaram para si regras e até algumas cenas do filme.
A partir de 1968 surgiram inúmeras novas sagas envolvendo os mortos-vivos. Eles saíram dos cinemas, alcançaram a TV, os livros e até tornaram-se parte de jogos famosos como “Resident Evil”.
A indústria cinematográfica de zumbis
Diante de tudo isso, não há como negar os benefícios que esse, que foi um dos maiores erros de copyright da história, trouxe para a construção de uma indústria cinematográfica de zumbis.
A partir do lançamento livre de direitos do filme de Romero, cineastas e produtores de todo o mundo puderam se aproveitar da história. E eles muito bem o fizeram, livremente e sem medo de serem processados. Desenvolvendo assim milhares de outras obras de sucesso, todas baseadas na criação original e inovadora apresentada ao mundo em 1968.
Mesmo tendo perdido muito dinheiro no primeiro filme, Romero e Russo acabaram ficando conhecidos como chefes oficiais do Império Zumbi. E assim tiveram a chance de lucrar muito com suas demais obras.
No fim das contas, os zumbis viraram um grande sucesso, mas quem os criou e poderia ter ficado milionário com sua obra, ganhou uns trocados, nem perto dos bilhões de dólares movimentados pela “indústria” dos zumbis.
Então, se você teve uma boa ideia de um roteiro, personagem, livro, música ou qualquer outro tipo de direito autoral e não quer que seu projeto vire um “morto-vivo” como os de George Romero, você precisa registrar seus direitos autorais, mas calma, hoje em dia é super simples e dá pra registrar pela internet, no site www.avctoris.com.
Esse registro custa uns vite reais e é válido em 176 países o que garante que você não será o próximo “Romero”.
