Um dos animais mais fascinantes da terra, o cavalo-marinho, possui uma característica ímpar no reino animal. A reprodução dele é muito curiosa, onde o macho é quem engravida e da a luz aos bebê cavalos-marinhos. Isso é sensacional, e vamos contar em detalhes como ocorre.
O cavalo-marinho é considerado um peixe, mas que contém suas peculiaridades, bem diferentes dos peixes que costumamos ver. São chamados de ‘peixes ósseos’, do gênero Hippocampus. O bichinho possui uma aparência amigável e mais de 50 espécies.
Anatomia
Com 53 espécies de cavalo-marinho existentes no mundo todo, eles são únicos. Esses pequeninos podem chegar a medir 36 centímetros.
Possuem uma nadadeira dorsal que bate de 30 a 70 vezes por segundo, pois eles não possuem nadadeira na cauda que possa auxiliar no nado. Mas a cauda longa, parecida com uma cobra, ajuda eles a se agarrarem em lugares, deixando-os seguros contra correntezas e é útil na hora de descansarem.
Eles não possuem escamas, e o cavalo-marinho têm um tipo de exoesqueleto, que é formado por placas de osso externas, bem rígidas. O animalzinho possui um focinho, onde suga os alimentos. Um adulto da espécie pode se alimentar até 50 vezes por dia. Mas como não tem dentes e não possuem a habilidades de mastigar, seu focinho pode expandir conforme o tamanho da presa.
Eles são carnívoros, e alimentam-se, principalmente, de pequenos crustáceos, larvas, pulgas da praia e outros animais bem pequenininhos.
Os cavalos-marinhos possuem um par de olhos independentes um do outro, isso ajuda na hora de caçar.
Onde vivem?
Esses bichos podem ser encontrados em todo o globo com certa facilidade. Mas eles gostam mesmo é de águas subtropicais e tropicais, ficando nos locais mais rasos. Ficam entocados em recifes de corais, manguezais ou gramas marinhas.
Quanto mais profunda for a morada deles, maior vai ser o cavalo-marinho, segundo alguns estudos. Esse peixe ainda possui uma habilidade muito legal: podem se camuflar. Assim como o camaleão, eles podem adaptar-se ao ambiente, mudando de cor, facilitando na hora de fazer uma emboscada para as presas os se esconder de predadores.
Reprodução
Além de tudo isso que vimos acima, o cavalo-marinho ainda possui uma peculiaridade somente dele: o macho engravida.
A reprodução da espécie acontece geralmente na primavera, e as fêmeas vão dar preferência para os machos maiores e que tenham mais ornamentos no corpo. Ou seja, quanto maior o cavalo-marinho macho e quanto mais detalhes “desenhados” no seus corpo ele tiver, maiores são as chances dele arrumar uma fêmea para acasalar.
Depois de pintar aquele clima entre os dois, é hora da conquista. Acontece, então, a dança do acasalamento. Eles escolhem um lugar, determinando em aproximadamente 1,4 m² para o macho e 0,5 m² para a fêmea. Essa dança pode durar até uma hora, onde os dois se envolvem num ritual que grudam as caudas, mudam de cor e ficam girando.
Esse ritual é feito todos os dias, onde o casal acasala. Daí entra a parte mais interessante da biologia do bicho, que é onde o macho fica grávido.
No cavalo-marinho macho existe uma bolsa encubadora, onde a fêmeas coloca seus ovócitos, onde serão fertilizados pelos espermatozoides dele. O macho passa a desenvolver seus filhotes no seu próprio corpo. Essa gestação pode durar entre 9 a 70 dias. O número de ovos que são transferidos pela fêmea vai de 50 a 150, mas para espécies maiores esse número pode alcançar incríveis 1.500 ovos.
Depois de sofrer fortes contrações durante 12 horas, o macho expele da bolsa os bebês. Nascem muitos, dependendo da espécie, contudo somente 5% sobrevivem e chegam a vida adulta.
Curioso não?! O cavalo-marinho é um animal surpreendente e devemos preservá-lo, pois ele encontra-se ameaçado de extinção. Se quiser saber mais entre no site infoescola.com.