O rabo é importantíssimo para algumas espécies. Para algumas delas eles servem para dar equilíbrio, outros a utilizam na escalada, algumas espécies até mesmo o tem como um membro extra.
Mas será possível que nós humanos tenhamos rabo?
Na verdade os seres humanos possuíam rabos. Entretanto, essa condição foi extinta antes mesmo de nos tornarmos bípedes, ou seja, andarmos em duas patas.
É bem provável que esse desaparecimento tenha ocorrido por desuso. Apesar de este não ser um componente padrão de nossos corpos já há milhares de anos, é possível que alguns indivíduos nasçam com rabos ainda hoje em dia.
Porém, essa é uma situação extremamente rara. Temos apenas 100 casos descritos.
Rabo humano
Não se sabe a fundo qual era a função do rabo humano a milhares de anos atrás. Porém, não há dúvidas de que hoje em dia já não precisamos mais deles.
Atualmente aquelas células que viriam um dia a se tornarem uma espécie de causa são completamente destruídas pela presença de genes que promovem sua autólise.
Em indivíduos onde isso não acontece, a criança acaba nascendo com a anomalia.
Vamos entender isso melhor
Durante as primeiras 5 semanas de formação, o feto apresenta algo bastante similar a um rabinho. A medida que o ser se desenvolve as células dessa região são absorvidas. Isso acontece por volta da oitava semana gestacional.
Quando isso não acontece, o indivíduo acaba nascendo com uma espécie de rabinho.
Em alguns casos o desenvolvimento do rabo foi tão longe que essas pessoas apresentam além de apêndice formado por tecido adiposo, feixes de músculos estriados, vasos sanguíneos e até nervos. Nesses casos, a causa não só é sensível, como também pode realizar movimentos.
Rabo humano verdadeiro
O rabo humano verdadeiro é bastante raro, ainda mais raro do que o tipo que virá a seguir. Os portadores deste tipo de anomalia não só possuem um rabo bem desenvolvido, sensível e capaz de movimentar-se, como este é uma espécie de continuação de suas colunas vertebrais.
O rabo verdadeiro é aquele que ocorre em outras espécies. Além de gordura, músculos, vasos sanguíneos e nervos, essas regiões são formadas por cartilagens e vértebras.
Rabo humano falso
A maioria dos casos já descritos na literatura se tratavam de rabos humanos falsos. Neste caso, o órgão é simplesmente vestigial, formado basicamente por pele e tecido adiposo.
Sendo assim, a cauda não apresenta nenhum tipo de movimento e geralmente não possui sensibilidade.
Por que os seres humanos perderam o rabo?
Nós não só tivemos um rabo, como temos vestígios que comprovam isso. Até hoje o ser humano carrega um resquício da cauda apresentada há milênios atrás.
Conforme vimos anteriormente, durante a nossa formação um pequeno rabinho é formado. Entretanto, hoje em dia esse órgão tem suas células destruídas e absorvidas graças a ativação de determinados genes.
Mesmo após o processo de autólise, ou seja, a morte celular, uma pequena porção interna dessa suposta causa irá permanecer.
Você faz ideia do que se trata?
Estamos falando do cóccix. O cóccix é a parte mais inferior da coluna vertebral. Formado por 5 vértebras fundidas, o seu aspecto dá a ele a aparência de um rabinho interno.
Mas é aí que vem a pergunta, por que o ser humano teve que passar por esse processo?
A verdade é que ter um membro a mais requer um enorme gasto energético. A medida que a cauda foi se tornando inutilizada ela passou a ser uma desvantagem evolutiva. Por causa disso, com o tempo, através da seleção natural, o rabo foi abolida na espécie humana.
O menino indiano que virou um deus
Arshid Ali Khan é o nome do jovem indiano que nasceu com a anomalia. O menino viveu durante 13 anos com um rabo de cerca de 17 centímetros saindo da região do seu cóccix.
Enquanto o resto do mundo o considerava uma aberração, a criança foi recebida em seu país como um deus. Sua casa tornou-se um templo e sua fama corria por toda a região.
Diariamente pessoas o visitavam em busca de serem abençoadas por ele.
Aos 13 anos de idade a condição começou afetar gravemente sua qualidade de vida, sendo necessária a retirada do membro. A cirurgia, apesar de complicada, foi um enorme sucesso.
Hoje em dia todos sabem que na verdade não havia nada espiritual na anomalia e que o garoto era simplesmente uma criança comum vítima de uma condição genética anormal.
Após a retirada do rabo, pela primeira vez Arshid Ali Khan experimentou o que era ter uma vida normal, foi quando descobriu que isso era exatamente tudo o que ele queria e precisava.
Seu caso é um dos mais conhecidos ao redor do mundo.