A Operação Prato ocorreu na região Norte do Brasil na década de 70. Organizado pela Força Aérea Brasileira, o evento tornou-se uma referência internacionalmente, sendo uma das operações mais importantes envolvendo pesquisas ufológicas do mundo.
Ufologia é o nome dado aos assuntos relacionados a objetos voadores não identificados. Na década de 70, regiões entre o Maranhão e o Pará foram tomadas por uma onda ufológica.
Isso aconteceu graças a diversos relatos sobre invasões luminosas em municípios dessas regiões. A imprensa, o rádio e a televisão cobriram toda a história. Com isso o pânico foi se tornando cada vez maior e foi necessária a atuação dos militares.
O que aconteceu?
Na época, houveram relatos de observações OVNIs desde a Baixada Maranhense até a região da Baia de Marajó. Tudo começou em 1977 com o aparecimento de uma vítima fatal e outra gravemente ferida na Ilha dos Caranguejos no Maranhão.
Objetos voadores foram vistos, e fenômenos estranhos foram relatados pela população que dizia sofrer ataques. De acordo com testemunhas, as vítimas eram queimadas por um raio de luz e perdiam sangue, por isso os objetos eram chamados chupa-chupa.
Os documentos militares, dentre estes “O resumo Sintético Cronológico” que foi vazado e o documento oficial “Registo de Observações de OVNI” e as entrevistas dadas pelos militares participantes da operação, confirmam os acontecimentos relatados ao descreverem eventos similares.
No primeiro 284 registros foram feitos, enquanto no segundo foram registrados 130 eventos.
A Operação Prato
Primeira Missão
A primeira parte da operação teve início em outubro de 1977. Com a base estabelecida em Colares no estado do Pará, a equipe composta por três agentes saiu em direção à Belém.
Os agentes faziam entrevistas com a população que relatava sua experiência e seu medo. Logo começaram a realizar as primeiras observações dos objetos voadores.
Todas essas observações foram lançadas no documento resumo do 1° Comando Aéreo Regional (I COMAR). Que faz parte aos documentos já divulgados citados anteriormente.
Segunda Missão
Um pouco mais longa que a primeira, a segunda missão durou 11 dias. Mais uma vez a missão se estabelece em Colares no Pará, porém dessa vez não houve movimentação, a equipe permaneceu na região no decorrer dos 11 dias.
Foram registrados de inúmeros relatos de observações de corpos luminosos, mas não foi relatado nenhum tipo de ataque.
Seria um Surto Coletivo?
Médicos Militares foram até a região onde ocorria a Operação Prato para averiguar a possibilidade de alguma alteração psicológica na população.
Vários moradores que diziam ter sido atacados foram analisados. Dois deles diziam ter sofrido ataques recentes.
Segundo o registro, todos os indivíduos apresentavam sintomas comuns a situações de luta ou fuga. Esses sintomas podem ser explicados pelo simples medo devido às histórias contadas no período.
Fim da Operação
Para muitos, a Operação Prato, apesar de ser finalizada sem uma boa explicação, serviu para comprovar a existência de Seres Extraterrestres. Além dos registros, fotos, vídeos, diversos novos relatos foram divulgadas depois do fim das missões.
O Depoimento do Coronel Uyrangê Hollanda
Em 1997 o Comandante da primeira missão da Operação Prato resolveu dar uma entrevista trazendo a público fatos ainda não relatados.
Na entrevista cedida ao Fantástico, programa da Rede Globo, ele afirma ter aceitado participar das missões justamente por ter dificuldade em acreditar na possibilidade de que aqueles relatos fossem verídicos.
20 anos após ter comandado a expedição, ele afirma ter tido experiências pessoais com os tais objetos voadores não identificados. Segundo ele, os OVNIs se interessavam pela operação.
De acordo com o relato de uma de suas experiências, uma sonda se aproximou deles enquanto observavam uma multidão de pessoas na praia. Para ele, este fato demonstra interesse desses objetos pelo que os militares estavam fazendo.
Ele afirma não ter conhecimento sobre o motivo pela qual a operação foi finalizada.
Meses depois de suas primeiras entrevistas, ele acabou se suicidando em sua casa na cidade de Cabo Frio, Rio de Janeiro.
Repercussão
Com o passar dos anos novos arquivos foram aparecendo e novas testemunhas relatando suas histórias. 40 anos depois das missões, ainda há muitas dúvidas envolvendo a famosa Operação Prato.
Algumas novas pequenas pesquisas foram realizadas pela Força Aérea Brasileira ao longo desses anos.
Segundo arquivo da Aeronáutica, em 1986 foram investigados objetos voadores luminosos que circulavam sobre São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro.
Outra história a respeito de experiências ufológicas no país, seria o relato sobre o famoso ET de Varginha, mas nada sobre isso foi comprovado.
E ai? Os OVNIs são ou não são reais?
Como tudo o que envolve a ufologia, a Operação Prato continua um grande mistério.