Mesmo que você não seja adepto a nenhuma religião, se for analisar a fundo perceberá que pelo menos a sua moral e ética sofreram e sofrem influência de algumas delas. A religião moldou a sociedade ao longo de toda a sua história e permanece fazendo isso ainda hoje.
A humanidade se desenvolveu a partir de fortes influências religiosas e isso é inegável. Não é a toa que a ela comanda o planeta a milênios.
Com esse artigo promoveremos uma reflexão sobre de que maneira esse poder e domínio foi se desenvolvendo e como é possível que tenha se mantido por tanto tempo, além de relembrarmos grandes marcos que provam essa enorme influência religiosa em nosso meio.
O Homem atrás de um Deus
Atualmente conhecemos muito sobre a nossa origem e ainda assim há muito a ser desvendado. Imagine só a milhares de anos atrás, quando não tínhamos nada nem parecido com os recursos atuais?
O homem esteve sempre em busca de um sentido para viver e isso sempre desencadeou a busca por suas origens. Foi assim que começamos a nossa intensa procura por conhecer um criador.
A humanidade busca um deus desde seus primórdios e a construção da imagem deste criador deu origem a diferentes religiões.
A divindade era quem controlava tudo, ditava as regras e até mesmo castigava aqueles que não andassem conforme suas orientações. A religião foi de crença a modelo de comportamento instantâneamente.
Começamos assim a construir os primeiros preceitos que regiriam a sociedade.
A religião provoca alterações sociais
Quando o homem compreendeu que quem matasse seria castigado por deus, naturalmente instituiu que não devia cometer tal ato. Assim como esses, diversos outros mandamentos divinos tornaram-se leis.
A religião tem mais potencial social do que o próprio governo. Dizer que um ser onipotente e onipresente está a espreita não só para cuidar de você, mas também para garantir que você não desvie de seus caminhos, é uma forma quase perfeita de garantir que se faça exatamente aquilo que se ordena.
Se você não deve roubar, porém se faz isso e jamais é pego ou tem seu crime descoberto, provavelmente passará a vida inteira impune. Porém, se deus, que tudo ver, também reprova tal ato, certamente você não fugirá das consequências.
A religião desenvolve regras e propõe comportamentos a partir de orientação e fiscalização divina. Desta forma, ela consegue moldar, controlar e direcionar a sociedade segundo os caminhos de sua crença.
A Moral e a Ética
Se você é uma pessoa religiosa, é bem provável que molde seus valores a partir de suas crenças. Porém, se se diz ateu eu lhe pergunto, de onde vem sua moral?
A verdade é que por mais descrentes que possamos vir a ser, sofremos influências éticas de valores religiosos, especialmente dos mandamentos judaicos-cristãos. Mesmo que você se considere uma pessoa humanista, saiba que essa cultura é profundamente baseada em preceitos religiosos.
Se pensarmos bem, nascemos em uma sociedade judaico-cristã. Por causa disso, mesmo valores que pareçam completamente desvinculados da religião, foram influenciados por ela em sua gênese.
A Igreja sobe ao poder
O poder da religião em modular a sociedade fica mais claro com o subida da igreja Católica ao Poder durante a Idade Média. Em todo o período feudal a igreja angariou riquezas tornando-se uma das instituições mais poderosas do mundo.
Esse processo de enriquecimento se deu a partir do estabelecimento de crenças sobre a importância das doações e dos valores pagos ao clero pelo perdão dos pecados.
Dona da maior parte das terras, a igreja chegou a Idade Média mais poderosa do que nunca.
Durante os séculos que se seguiram ela era não só uma instituição religiosa, mas exercia poder de liderança sobre a sociedade da época, influenciando até mesmo o posicionamento dos governantes.
A Idade Média é a maior marca do comando da religião sobre o planeta.
Quem manda é a religião
Da Idade Média para cá algumas coisas mudaram. Separou-se legitimamente o governo da religiosidade e as influências de um sobre o outro foram consideravelmente reduzidas. Entretanto, as marcas da modelagem religiosa sobre nós são claras e permanentes.
Somos intrinsecamente religiosos. Mesmo que por baixo dos panos a religião nos controla, e por mais coercivo que isso parece, até então essas influências foram mais benéficas do que prejudiciais.
Fomos ensinados a ser empáticos, a respeitar o espaço alheio, a preservar a vida. O que seria de nós sem esses preceitos?
A religião comanda o planeta por ser um incrível ferramenta de controle de comportamentos.